A criação de rede de contatos, o acesso gratuito a cursos de qualidade, as informações sobre o mercado, o apoio para a transição de carreira e o aumento da ambição sobre a trajetória profissional estão entre os principais fatores de empregabilidade que a PretaLab proporciona, segundo relatos das próprias participantes. É quase unânime entre elas a afirmação de que a passagem pela iniciativa se tornou um “divisor de águas” tanto no aspecto profissional, quanto no âmbito pessoal. 

A partir da rede da iniciativa, 42% das mulheres entrevistadas conheceram uma vaga de trabalho que as interessava, contribuindo para a ODS 8. O olhar feminista e afrocentrado abriu novos horizontes profissionais para elas, tornando-se referências umas para as outras.

“Acredito que é entender que a gente pode sonhar, que a gente pode se planejar e ter uma carreira, ter referências, a gente ter multiplicadoras, ter em quem se apoiar, ‘quero ser que nem ela’, me espelhei, a partir daqui eu sei onde eu vou. Durante muito tempo, a gente não tinha como traçar um planejamento e saber nosso lugar. A gente agora sabe o nosso lugar, quem são nossas referências, quem seguir e aonde a gente quer chegar”, conta uma participante de 44 anos, sem formação anterior em tecnologia.

“Eu sou porque nós somos.” A definição da filosofia Ubuntu, de origem africana, é um símbolo do efeito multiplicador entre as mulheres da PretaLab. Quase metade relata o aumento do senso de comunidade e o desejo por apoiar a outras, revelando como os ciclos formativos vão além do profissional, transformando o campo pessoal das participantes por meio do espaço de troca: “Indiquei para a minha sobrinha, depois que comecei a estudar, fico mandando para outras pessoas os novos ciclos Preta, sobretudo para quem está desempregado. Teve melhorias em casa, outro tipo de conversa, além da rotina diária e das queixas sobre política”, relata uma das alunas.

Para a gestora de projetos da PretaLab, Joyce Mara dos Santos, o efeito multiplicador também reverbera dentro da própria iniciativa. “As mulheres que já participaram puxam outras e, a cada ciclo, temos mais inscritas. E há aquelas que decidem voltar como professoras”, conta.

Sobre as redes de contato que se estabelecem a partir da PretaLab, Joyce destaca também as que vão para além dos fins profissionais: “Elas criam grupos paralelos, tornam-se amigas, madrinhas de casamento umas das outras, viajam para se encontrar. Elas estabelecem entre si trocas muito potentes”.

Além do crescente número de mulheres inscritas nos ciclos ano a ano, Joyce aponta um marco do efeito multiplicador da PretaLab: o programa de bolsas de estudo para o ciclo de formação “O Poder do Futuro”, com o apoio da Disney, como parte do lançamento mundial do filme “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”. Voltado para mulheres negras e gratuito, o programa recebeu 2.173 inscrições.

Nos depoimentos coletados na pesquisa de impacto da PretaLab, as mulheres expõem o desejo de colaborar com a inclusão de outras pessoas no universo da tecnologia. Muitas afirmam que querem se voluntariar para trabalhar com a própria PretaLab, e há as que demonstram interesse em criar projetos voltados para impactar suas comunidades – o que está diretamente relacionado ao combate das desigualdades sociais no país. Inclusão digital, afinal, significa também inclusão social. 

Embora 90% dos domicílios brasileiros tenham algum acesso à internet, segundo pesquisa do IBGE, com dados referentes a 2021, apenas 20% têm acesso de qualidade à rede, apontou um relatório da PwC e do Instituto Locomotiva. A maioria das classes C, D e E só se conecta pelo celular. O gap se perpetua majoritariamente para pessoas racializadas, nas regiões Norte e Nordeste, somando-se a zonas rurais. A exclusão leva também ao distanciamento do trabalho digno. Suas principais consequências são informalidade no mercado de trabalho, redução da produtividade e redução no acesso a serviços públicos oferecidos cada vez mais por meios digitais.

Nesse sentido, a PretaLab atua como uma semente que tem espalhado seus frutos empoderando mulheres a levar os conhecimentos obtidos na formação para as periferias e para locais fora dos grandes centros urbanos.

“A PretaLab somou a um projeto antigo que tenho de trabalhar com o meu bairro, de contribuir, não como salvadora. No Pará, tem muito movimento de edital, mas, no meu bairro, poucas pessoas entendem a dinâmica do processo de escrita. Com a PretaLab surgiram outras ideias, tenho vontade de estar lá articulando esses projetos junto a juventude, a juventude indígena, e a galera. Vontade de criar uma escola e fazer projetos”, relatou uma participante de Belém (PA).

Por meio de uma perspectiva feminista e autocentrada, o acesso à área da tecnologia se desenha como um horizonte profissional factível para essas mulheres, contrariando as estatísticas que ainda as apontam distantes do setor. Quando a empregabilidade se estabelece para ao menos uma delas, o efeito multiplicador logo se instala: quando vêem ao menos uma referência válida para si, as mulheres sentem-se seguras para avançar na tecnologia – e inspirar outras a fazer o mesmo.

A criação de rede de contatos, o acesso gratuito a cursos de qualidade, as informações sobre o mercado, o apoio para a transição de carreira e o aumento da ambição sobre a trajetória profissional estão entre os principais fatores de empregabilidade que a PretaLab proporciona, segundo relatos das próprias participantes. É quase unânime entre elas a afirmação de que a passagem pela iniciativa se tornou um “divisor de águas” tanto no aspecto profissional, quanto no âmbito pessoal. 

A partir da rede da iniciativa, 42% das mulheres entrevistadas conheceram uma vaga de trabalho que as interessava, contribuindo para a ODS 8. O olhar feminista e afrocentrado abriu novos horizontes profissionais para elas, tornando-se referências umas para as outras.

“Acredito que é entender que a gente pode sonhar, que a gente pode se planejar e ter uma carreira, ter referências, a gente ter multiplicadoras, ter em quem se apoiar, ‘quero ser que nem ela’, me espelhei, a partir daqui eu sei onde eu vou. Durante muito tempo, a gente não tinha como traçar um planejamento e saber nosso lugar. A gente agora sabe o nosso lugar, quem são nossas referências, quem seguir e aonde a gente quer chegar”, conta uma participante de 44 anos, sem formação anterior em tecnologia.

“Eu sou porque nós somos.” A definição da filosofia Ubuntu, de origem africana, é um símbolo do efeito multiplicador entre as mulheres da PretaLab. Quase metade relata o aumento do senso de comunidade e o desejo por apoiar a outras, revelando como os ciclos formativos vão além do profissional, transformando o campo pessoal das participantes por meio do espaço de troca“Indiquei para a minha sobrinha, depois que comecei a estudar, fico mandando para outras pessoas os novos ciclos Preta, sobretudo para quem está desempregado. Teve melhorias em casa, outro tipo de conversa, além da rotina diária e das queixas sobre política”, relata uma das alunas.

Para a gestora de projetos da PretaLab, Joyce Mara dos Santos, o efeito multiplicador também reverbera dentro da própria iniciativa. “As mulheres que já participaram puxam outras e, a cada ciclo, temos mais inscritas. E há aquelas que decidem voltar como professoras”, conta.

Sobre as redes de contato que se estabelecem a partir da PretaLab, Joyce destaca também as que vão para além dos fins profissionais: “Elas criam grupos paralelos, tornam-se amigas, madrinhas de casamento umas das outras, viajam para se encontrar. Elas estabelecem entre si trocas muito potentes”.

Além do crescente número de mulheres inscritas nos ciclos ano a ano, Joyce aponta um marco do efeito multiplicador da PretaLab: o programa de bolsas de estudo para o ciclo de formação “O Poder do Futuro”, com o apoio da Disney, como parte do lançamento mundial do filme “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”. Voltado para mulheres negras e gratuito, o programa recebeu 2.173 inscrições.

Nos depoimentos coletados na pesquisa de impacto da PretaLab, as mulheres expõem o desejo de colaborar com a inclusão de outras pessoas no universo da tecnologia. Muitas afirmam que querem se voluntariar para trabalhar com a própria PretaLab, e há as que demonstram interesse em criar projetos voltados para impactar suas comunidades – o que está diretamente relacionado ao combate das desigualdades sociais no país. Inclusão digital, afinal, significa também inclusão social. 

Embora 90% dos domicílios brasileiros tenham algum acesso à internet, segundo pesquisa do IBGE, com dados referentes a 2021, apenas 20% têm acesso de qualidade à rede, apontou um relatório da PwC e do Instituto LocomotivaA maioria das classes C, D e E só se conecta pelo celular. O gap se perpetua majoritariamente para pessoas racializadas, nas regiões Norte e Nordeste, somando-se a zonas rurais. A exclusão leva também ao distanciamento do trabalho digno. Suas principais consequências são informalidade no mercado de trabalho, redução da produtividade e redução no acesso a serviços públicos oferecidos cada vez mais por meios digitais.

Nesse sentido, a PretaLab atua como uma semente que tem espalhado seus frutos empoderando mulheres a levar os conhecimentos obtidos na formação para as periferias e para locais fora dos grandes centros urbanos.

“A PretaLab somou a um projeto antigo que tenho de trabalhar com o meu bairro, de contribuir, não como salvadora. No Pará, tem muito movimento de edital, mas, no meu bairro, poucas pessoas entendem a dinâmica do processo de escrita. Com a PretaLab surgiram outras ideias, tenho vontade de estar lá articulando esses projetos junto a juventude, a juventude indígena, e a galera. Vontade de criar uma escola e fazer projetos”, relatou uma participante de Belém (PA).

Por meio de uma perspectiva feminista e autocentrada, o acesso à área da tecnologia se desenha como um horizonte profissional factível para essas mulheres, contrariando as estatísticas que ainda as apontam distantes do setor. Quando a empregabilidade se estabelece para ao menos uma delas, o efeito multiplicador logo se instala: quando vêem ao menos uma referência válida para si, as mulheres sentem-se seguras para avançar na tecnologia – e inspirar outras a fazer o mesmo.

Contato:

comunidade@olabi.org.br

Sobre o Olabi

A PretaLab é uma iniciativa do Olabi, organização social que trabalha para trazer diversidade para a tecnologia e inovação. Se quiser colaborar com alguma dessas frentes de ação, entre em contato conosco.

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